E o choro?
Fica retido na garganta.
A dor, de tão antiga já é tanta, que nem mesmo sei por onde começar a chorar!
Às vezes melhor seria ignorar e deixar sarar;
Às vezes melhor nem mesmo começar!
Por tantos caminhos tortos já andei, que agora não me lembro mais como voltar!
E a lágrima?
A lágrima, de tanto que chorei não mais rolou, pois a fonte donde vinha já secou, apesar de ainda doer ao me lembrar...
Careço um coração que faça par com o que do meu sobrou,
Padeço essa angustiosa solidão, fincada como flecha no meu coração, que não o quer deixar sarar...
Agora meus dias são e se vão vazios e meus lamentos, o vento há de levar.
Pois cada choro, cada lágrima, cada dia me faz ainda mais definhar.
Mas, e o choro?
O choro?
Morreu em silêncio na garganta, morreu lutando agarrado ao peito meu, tentando se livrar! Morreu!
Igor Furtado.
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