Por quantas estradas e trilhas ainda vagarei seguindo tuas pistas?
Por quantos enquantos haverei de te imaginar ao meu lado?
Somente alguns segundos antes que o sonho se desfaça, consigo até tocar a tua imagem...
Dias nascendo escuros e cinzas, noites parecendo não ter fim. Assim vou seguindo meu caminho, discorrendo meus segundos, meus dias, minhas horas mortas...
Pessoas num indo e vindo tão apressado, num vínculo tão distante, errando em linhas tortas, em direções contrárias.
Me vejo perdido em meio a tanta gente viva que parece morta;
Sonhando sonhos frios em seus cobertores vazios e camas confortavelmente fúteis.
Por quantos talvez irei passar e esperar?
Por quantas imensidões irei vagar até chegar onde devo chegar?
O vazio implode minhas esperanças!
Estou caminhando em círculos;
Beirando abismos;
Chorando lágrimas que não são mais só minhas...
Por quantas eternidades terei de esperar?
Igor Furtado.
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