quinta-feira, 28 de março de 2019

Sozinho

Vago em meios vagos, espaços vagos vagueio.
Minha vida e minha sina se resumem ao meio.
Se dividem ao meio,
Se deafazem e se refazem pelo meio.
Pelo medo, perdi minha linha reta, minha dádiva e mais linda quimera. Lamento ter errado contigo e com o nosso mundo.

Em meus últimos dias, fizeste-me pagar o novo e o velho; ver e rever pessoas mortas; fazer e destruir promessas; sonhos e realidades tortas.
Arquei com todos os meus pecados e ainda assim, parto devendo. Pois teu querer não tinha preço.
E isso jamais compreenderás!

E como que para fugir ao habito, tudo que fizeste também recaiu sobre mim.
Cada palavra e gesto; cada lágrima e grito; cada céu e inferno; cada dia e noite eternos; cada momento bom e grande sofrimento.

Não importa mais!
Nunca compreenderás o que te digo!
Parto só comigo e rodeado de fantasmas doutros tempos...
... Sempre sozinho...

Igor Furtado.

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